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A nova ciência!


A ciência do "julguismo".

Julgar e proferir sentença, generalizando, é ato impensado,
baseado apenas na ciência irmã, a do "achismo".


 


De uns tempos pra cá o BDSM está se tornando um dos maiores celeiros científicos que já existiram. Haja ciência... Até “acho” (rsssss) que estes(as) novos(as) cientistas logo irão escrever os epitáfios para a sociologia, psicologia, economia, etc., etc., pois estas não vão mais fazer falta alguma.

A bola da vez é julgar e achar que submissa de verdade (fodona – rssss, usando um termo que eu li por ai), não pode ser “novinha” (esse também é outro termo da nova ciência), ou seja, ter vinte e poucos anos não é idade para vivenciar o BDSM.

Minhas reflexões sobre isso. E vamos como o Jack the Ripper, por partes.

Decidir ser submissa é algo muito corajoso, e aplaudo de pé a todas as mulheres que tiveram essa coragem. Agora não podemos simplesmente afirmar e generalizar que é complexo para todas, pois além de subjetivo, é também relativo. Pode ser relativamente complexo para umas, enquanto que para outras pode ter sido mais simples.

Não é inacreditável o número de “meninas” com vinte e poucos anos que aderem ao BDSM, ao contrário, é normal. Motivo? Porque hoje existe informação disponível e também porque isso aqui faz parte do mundo real, não é rpg.

É grande sim o número de praticantes na faixa etária média dos 40 anos. Eu sou um deles. Mas tive, como todos nós tivemos, nossos vinte e poucos anos. Muitos de nós vivenciamos inúmeras coisas – sexo, drogas e rock and roll. Quem não se lembra da delícia dos anos 80, de seus bailes, bebedeiras e curtições. Quase vomitei no pé de Raul Seixas em Santo André – ele estava pior que eu e nem ia saber quem foi. Dormi numa fonte no RJ que até hoje não sei onde fica, depois de sair, que também não sei como, da arena do 1º Rock in Rio. Viajei sem dinheiro pedindo carona. Fui revoltado. Experimentei a marijuana. Já quis concertar o mundo. Quem hoje com 40, 50 anos, não fez suas escolhas há 20, 30 anos atrás? Era o nosso mundo real. E se naquela época o BDSM fosse disseminado como é hoje, se tivéssemos acesso às informações que os jovens de hoje tem, muito provavelmente, muitos de nós teríamos começado de forma muito mais ativa, consciente e sadia lá atrás.

Sobre aqui ser o melhor lugar para se procurar namorado, noivo ou marido, isso não é “privilégio” desta faixa etária, muito ao contrário. Até arrisco dizer (por conviver diariamente com esse grupo – eu sou professor universitário) que a maioria destas jovens, o que menos querem hoje numa relação desse tipo, é casamento ou algo sério.

Aqui escolhemos e vivenciamos uma opção de vida, e nela, uma das formas de como liberar nossa sexualidade num contexto hierárquico: Dom manda, submissa obedece; Dom usa, submissa é usada, inclusive sexualmente. Há quem goste de fazer apenas fuc fuc “papai e mamãe”; que sejam felizes. Há quem goste de uma relação “apimentada”; que sejam felizes. Há quem goste da hierarquia e da dor (provocar/receber), que também SEJAMOS felizes. Há quem goste de tantas outras coisas; que todos sejam felizes.


Submissão é andar sobre pétalas de rosas? Claro que não! É uma epopéia, tal qual a Divina Comédia de Dante, ora indo ao Inferno transitando em cada um de seus 9 Círculos, ora no Purgatório, ora no Paraíso. Minha amiga Vaca Vaquinha – que, aliás, veio a SP em 03/12 e foi recebida pelos amigos da Companhia de Teatro Delirante (e droga, não pude comparecer por conta de trabalho!) – escreveu um belíssimo texto http://fasesefacetasdeternura.blogspot.com/2010/11/universo-hierarquico.html, que inclusive foi republicado pela querida amiga {ternura}_WOLFMAN, onde muuuuge (rsss) sobre essa descida ao Inferno de Dante, e lá embaixo encontra o seu paraíso – leitura obrigatória a reflexão da vaquinha, publicado originalmente na comunidade BDSM Início Difícil do Orkut e posteriormente no site pensamento submisso, em setembro de 2007.

Concordo, não generalizando, que experiência de vida (idade cronológica) é muito importante para lidarmos com situações limítrofes (principalmente emocionais) o que não significa afirmar que toda pessoa com 40 anos tem mais capacidade emocional para lidar com problemas que pessoas com 25 anos, por exemplo. Teoricamente quem tem mais idade poderia ter mais experiência e maturidade, mas apenas teoricamente, pois isso depende de outros fatores. Uma pessoa hoje com 40 anos pode não ter vivenciado metade das coisas daquela de 25.

Uma pesquisa realizada pela Dra. Fiona Ulph da Universidade Southampton – Reino Unido (uma das universidades mais renomadas internacionalmente em pesquisas de alta qualidade), verificou que, para muitas pessoas, a fase adulta (maturidade), não é definida pela passagem por eventos tradicionais, mas por uma mudança na personalidade e no comportamento. “Verificamos que os indicadores tradicionais da fase adulta tiveram pouca importância nos pesquisados (...) As características que estimulam o individualismo foram importantes na definição da maturidade”. A pesquisa foi realizada entre mais de 1,3 mil homens e mulheres, divididos em 4 grupos: 16 a 20 anos; 21 a 24 anos, 25 a 30 anos; e acima de 30 anos.

Esse tipo de discussão é extremamente salutar para um BDSM cada vez melhor, porém há que se observar a forma de como fazer o debate de idéias. Mister é fazê-lo sem julgamentos.

Saudações.
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