O BDSM é um grande celeiro de fetiches e fetichistas. Até podem existir pensamentos contrários que digam que estes não cabem naquele, mas a questão é que, qualquer fetiche que esteja dentro do acrônimo (Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo) faz, daquele(a) que o(a) pratica, um bdsemista, consciente ou não, e que poderá encontrar no movimento, amparo e informação para que não se sinta um(a) pervertido(a), doente, ou alguém diferente, à jusante da sociedade.
O movimento BDSM, como forma de organização e manifestação política, tem como uma de suas principais funções legitimar um comportamento sexual classificado como disfunção por uma parte da nossa sociedade, legitimação essa apenas possível pela existência de 3 (três) palavras mágicas: São, Seguro e Consensual.
Ninguém necessariamente precisa ser top ou botton em essência para ser bdsemista. Por exemplo: um casal baunilha que na sua intimidade sexual gosta de brincar imobilizando o(a) parceiro(a) com os cintos do roupão e privando-o(a) da visão com a fronha do travesseiro, onde um transfere consensualmente o poder ao outro – e não importa quem seja, já está, de alguma forma, praticando o BDSM.
Mas há quem irá dizer: "Mas isso não é ser bdsemista, e sim apenas um baunilha apimentado!”
Continuo minha reflexão dentro do contexto político do movimento, ou seja, a legitimação pelo consenso das práticas sexuais entendidas como o exercício e a expressão individual de cada pessoa, em contraponto à errônea classificação dada por alguns estratos de nossa sociedade, mais especificamente a psiquiatria, como sendo a de “distúrbios sexuais”, que seria exatamente a classificação dada à esse casal "baunilha".
De forma que não existe quem seja melhor ou pior; ou quem saiba mais ou menos, até porque ninguém tem capacidade de julgar as vontades e necessidades de outrem.
O BDSM é sadio; doentio é criticar e discriminar sem ter conhecimento!
Lord Bondage
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