Na linguagem comum, aquilo que denominamos “apetite” como sendo o impulso de comer podemos chamar de libido ou “apetite sexual” os impulsos sexuais. É muito comum as pessoas dizerem “a minha libido aumentou”, referindo-se ao seu interesse sexual.
Freud conceituou a libido como sendo o aspecto mental da energia sexual, que posteriormente materializa-se na forma de instintos, acumulando-se e necessitando ser satisfeita.
Numa relação BDSM onde tudo é intensificado – sentimentos, desejos, emoções, vontades, etc., com a libido não é diferente, e o que proponho neste texto é abordar o aspecto mental da energia sexual como sendo uma das formas de dominação.
Diferentemente das relações ditas “baunilhas”, no BDSM existe uma grande tendência – e acredito nisto – de os envolvidos “retirarem suas máscaras” e, sexualmente com seus parceiros, se liberarem e apresentarem-se como realmente são – ou como gostariam de viver sua sexualidade.
Muito daquilo que erroneamente é classificado como perversão pelo mundo “baunilha”, nas relações bdsmistas torna-se legítimo e não patológico desde que esteja dentro da tríade SSC – São, Seguro e Consensual.
Tanto na dominação como na submissão a busca de novos prazeres pelos envolvidos é fato consumado. O descobrir do corpo através de novas práticas e da quebra de limites leva os envolvidos à prazeres sexuais muito excitantes, e que não necessariamente precisam do coito para chegarem ao ápice – orgasmo, gozo.
É dentro deste processo de descobertas que a libido torna-se importante fator de dominação. O Dominador, a medida que vai conhecendo sua submissa, também vai promovendo novas situações e, num processo de tentativa e erro com feedback, vai descobrindo tudo aquilo que faz acender o “sinal verde” que lhe dá a certeza de estar provocando situações mentais sexuais prazerosas na sua parceira. Sabedor disso faz uso das descobertas instigando, cada vez mais, a energia sexual da submissa que, acumulada, cria a necessidade de ser liberada e satisfeita com ele, o Dominador.
Nunca é demais dizer que a cumplicidade, o respeito, a confiança, o carinho, etc., sustentam o crescimento destas relações para que as descobertas aconteçam naturalmente.
Lord Bondage
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